O aumento do preço das casas em Portugal em 2024

Em 2024, o preço das casas em Portugal registou um aumento de 9,1%, o que representa quase o triplo da média da União Europeia, onde o aumento foi de 3,3%. Este crescimento surge após um período de correção ligeira nos preços no ano anterior, interrompendo uma década de aumentos contínuos.

Portugal posiciona-se entre os países com os maiores aumentos de preços, apenas superado por países como Bulgária, Croácia, Lituânia, Hungria e Polónia. O aumento contínuo do preço das casas é reflexo de uma procura persistente, apesar da leve correção observada em 2023.
 

Embora o aumento do preço das casas seja uma tendência observada em vários países da União Europeia, a intensidade dessa valorização varia. Países como a Alemanha e a França, por exemplo, enfrentam quedas nos preços, refletindo um mercado em desaceleração ou recessão. No entanto, em Portugal, a procura por imóveis continua a crescer, especialmente devido à escassez de oferta e a fatores como as taxas de juros baixas.

A valorização do preço das casas em Portugal está ligada a vários fatores, como a procura constante de investidores estrangeiros, a falta de oferta no mercado e as taxas de juros ainda relativamente baixas. A conjugação desses elementos tem mantido o mercado em crescimento, embora especialistas alertem que esse ritmo pode não ser sustentável a longo prazo.

Em paralelo com o aumento dos preços das casas, as rendas também registaram um crescimento significativo em Portugal, com uma subida de 7% em 2024, muito acima da média da União Europeia. Este aumento coloca Portugal entre os países da UE com os maiores aumentos de rendas, apenas superado por países como a Hungria, Letónia, Malta e Roménia.

Essa subida é um reflexo do aumento dos preços das casas, já que a procura por imóveis para arrendar também continua a ser elevada. Este cenário está a tornar as rendas cada vez mais elevadas, representando um desafio adicional para aqueles que procuram uma habitação acessível.

Na União Europeia, apenas um número reduzido de países registou uma queda nos preços das casas, destacando-se Luxemburgo e Alemanha. O Luxemburgo, por exemplo, viu uma diminuição de 5,2% nos preços das casas, após uma queda ainda maior em 2023. Embora os preços tenham caído em alguns países da UE, em Portugal, o aumento é notável e reflete uma situação diferente em termos de dinâmica do mercado imobiliário.

O aumento do preço das casas e das rendas tem levantado preocupações sobre a acessibilidade à habitação em Portugal. Para muitos jovens e famílias de classe média, este crescimento no mercado imobiliário tem dificultado a possibilidade de compra ou arrendamento de imóveis, tornando as opções de habitação cada vez mais limitadas.

O aumento dos preços pode levar a uma desaceleração no mercado a longo prazo, mas, por enquanto, a tendência de crescimento persiste, com impactos diretos na vida de quem procura uma casa para viver.

O mercado imobiliário português continuará a ser um tema de grande relevância, especialmente à medida que o preço das casas e das rendas continuam a subir. Para os consumidores que planeiam comprar ou arrendar, a compreensão das dinâmicas atuais é essencial para tomar decisões informadas sobre o futuro do mercado.

Embora o crescimento acelerado dos preços das casas não tenha mostrado sinais de desaceleração imediata, é importante acompanhar as evoluções económicas e as políticas públicas que possam influenciar o mercado a médio e longo prazo.

O mercado imobiliário português tem mostrado um crescimento acentuado no preço das casas, o que coloca Portugal entre os países com os maiores aumentos na União Europeia. Este cenário também é refletido no aumento das rendas, que têm crescido a um ritmo acima da média europeia. Com a procura em alta e a oferta limitada, é importante monitorizar como o mercado se desenvolverá nos próximos anos e como isso afetará a acessibilidade da habitação no país.

Fonte: SUPERCASA