Reabilitação e construção de casas por todo o país Portugal aposta na reabilitação e construção de casas para responder à crescente procura de habitação, com projetos públicos e privados em todo o país. 07 jul 2025 min de leitura A necessidade de garantir habitação digna e acessível levou Portugal a intensificar esforços na reabilitação e construção de casas, tanto em contexto urbano como rural. O país vive uma fase de transformação marcada por múltiplas iniciativas públicas e privadas, que procuram responder à escassez de oferta, à valorização do mercado imobiliário e à urgência de revitalizar centros urbanos e zonas do interior. Esta dinâmica é visível em projetos emblemáticos, na aposta em fundos europeus e na multiplicação de apoios à população. O papel central da reabilitação urbana A reabilitação de casas consolidou-se como uma das principais estratégias para aumentar a oferta habitacional em Portugal. Com mais de metade das moradias do país a contar mais de 30 anos, a renovação do parque habitacional tornou-se essencial. Nos últimos anos, o número de projetos de reabilitação licenciados tem vindo a crescer, refletindo a preferência de muitas famílias pela remodelação de imóveis existentes em vez da compra de habitação nova. Esta tendência é impulsionada pela valorização do mercado, pelas exigências de eficiência energética e pela necessidade de adaptar os espaços ao modo de vida contemporâneo. Os centros das cidades, como Porto e Lisboa, têm assistido à transformação de edifícios históricos em apartamentos modernos, preservando a identidade arquitetónica e revitalizando bairros inteiros. A reabilitação não só melhora o conforto e a eficiência das casas, como também contribui para a regeneração urbana e para a dinamização do comércio local. Ao mesmo tempo, enfrenta desafios como a escassez de mão de obra qualificada e o aumento dos custos de materiais, fatores que pressionam todo o setor da construção. Construção de novas casas: resposta à procura crescente Paralelamente à reabilitação, a construção de casas novas ganhou novo fôlego em 2025. Só no primeiro trimestre do ano, foram concluídos milhares de fogos em construções novas para habitação familiar, com destaque para as regiões Norte e Centro, que concentraram mais de metade das casas novas entregues. O licenciamento de novas habitações aumentou significativamente, refletindo a resposta do setor à procura crescente e à necessidade de renovar o parque habitacional nacional. Esta aposta na construção de casas novas é fundamental para equilibrar o mercado, sobretudo nas zonas urbanas mais pressionadas pelo aumento da população e pela procura de habitação a preços acessíveis. Os projetos de grande dimensão, promovidos por grupos privados e autarquias, contribuem para diversificar a oferta, desde apartamentos compactos em centros urbanos até empreendimentos residenciais em expansão nas periferias. Apoios públicos e fundos europeus: motor da transformação O Estado português, em articulação com fundos europeus como o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tem vindo a reforçar o investimento na reabilitação e construção de casas. Programas como o 1.º Direito e o Vale Eficiência apoiam famílias e municípios na recuperação de imóveis degradados, na promoção da eficiência energética e na criação de soluções de habitação acessível. Estes apoios são especialmente relevantes para a revitalização do interior do país, onde a recuperação de casas rurais contribui para o repovoamento e para a preservação do património local. Os incentivos abrangem desde a reabilitação de edifícios abandonados até à construção de novas habitações, promovendo a coesão territorial e o desenvolvimento sustentável. A candidatura a estes programas exige o cumprimento de critérios rigorosos, como a conclusão das obras até 2026 e a garantia de arrendamento a custos acessíveis. O financiamento cobre tanto a reabilitação como a construção de novas casas, permitindo às autarquias e entidades promotoras responder de forma flexível às necessidades da população. Iniciativas privadas e inovação no setor O setor privado tem desempenhado um papel fundamental na dinamização do mercado habitacional, com projetos inovadores que aliam reabilitação e construção de casas novas. Empresas e grupos imobiliários investem em empreendimentos residenciais de grande escala, muitas vezes integrados em planos urbanísticos que incluem espaços verdes, infraestruturas de apoio e soluções de mobilidade sustentável. A inovação estende-se também à construção industrializada e à conversão de espaços comerciais em habitação, estratégias que permitem acelerar a resposta à procura e otimizar recursos. Estas soluções são complementadas por incentivos fiscais e medidas de simplificação administrativa, que visam atrair investimento e facilitar o acesso à habitação. Desafios e perspetivas para o futuro Apesar dos avanços, Portugal continua a enfrentar desafios significativos no domínio da habitação. A pobreza energética, a escassez de mão de obra e o aumento dos custos de construção são obstáculos que exigem respostas coordenadas entre Estado, setor privado e sociedade civil. A meta de renovar quase metade dos edifícios residenciais até 2030 obriga a acelerar o ritmo de reabilitação e a inovar nas soluções de construção. O futuro da habitação em Portugal passa por uma abordagem integrada, que valorize tanto a reabilitação do edificado existente como a construção de novas casas, garantindo qualidade, sustentabilidade e acessibilidade para todos. O compromisso com a regeneração urbana, o repovoamento do interior e a promoção de habitação digna é hoje uma prioridade nacional, refletida nos múltiplos esforços que atravessam o território. A reabilitação e construção de casas são pilares essenciais da resposta portuguesa à crise habitacional, traduzindo-se em projetos concretos, apoios financeiros e uma visão renovada para o futuro das cidades e das comunidades. Fonte: SUPERCASA Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado